Em 1965, após um episódio de injustiça em Bauru, partiu para Adamantina, onde encontrou acolhimento na igreja local e pregou pela primeira vez em um púlpito. Com o apoio do mentor Guilherme Rodrigues, iniciou intensas missões, enfrentando perseguições e dificuldades, mas também testemunhando milagres e curas. Em Ourinhos e Assis, lançou programas de rádio, pregou em praças e fundou o “Campo da Bênção”, atraindo multidões e registrando curas de doenças graves.

O crescimento do ministério trouxe oposição, mas também apoio da comunidade, como a família Bergamasco, que ajudou na compra do primeiro terreno da igreja em Assis. Reconhecido nacionalmente, foi chamado pelo reverendo George Russel Faulkner para levar o evangelho ao Rio Grande do Sul. Em Uruguaiana, sem recursos, começou pregando nas ruas e enfrentou perseguições, incluindo prisão, sendo libertado após uma mobilização popular. Episódios assim marcaram sua trajetória e resultaram em milhares de conversões.

Nos anos seguintes, expandiu seu trabalho pelo Sul do Brasil e, de volta a Bauru, enfrentou perseguições políticas durante o regime militar, mas manteve sua fé inabalável. Em 1972, chegou a Belo Horizonte e fundou a Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular na capital, lançando o programa “Cadeia da Prece”, que se tornou fenômeno popular. Seus cultos alcançaram milhares de pessoas, com milagres e grandes batismos, consolidando Belo Horizonte como centro de sua missão. O pastor Mário também idealizou grandes eventos evangelísticos de grande impacto, como o Grande Sermão da Montanha, o Seminário Ministros Labaredas de Fogo e o Batismo de 50 mil pessoas no Mineirão. Sob sua liderança, Minas Gerais viu nascer mais de 2 mil igrejas, consolidando o estado como referência na Igreja Quadrangular.

Em 1996, durante a Convenção Nacional em Serra Negra, foi eleito Presidente Nacional da IEQ, conduzindo mudanças administrativas, estruturais e missionárias que ampliaram a denominação para cerca de 14 mil templos e dois milhões de membros. Pastores foram treinados, missões alcançaram 31 países e quatro etnias indígenas, e a IEQ ganhou força e representatividade em todo o Brasil.

Além de seu chamado ministerial, atuou na política. Nos anos 1980, aceitou o convite de Tancredo Neves para ingressar no MDB e foi eleito deputado federal em 1982, com 65 mil votos. Cumpriu sete mandatos consecutivos, defendendo a fé cristã e dando voz à Igreja no cenário nacional. Sua atuação marcou a presença evangélica no Congresso e abriu espaço para novas lideranças. A vida também trouxe provações: em 2012 sofreu um infarto, sobrevivendo após três paradas cardíacas, e em 2015 perdeu sua mãe, Margarida, aos 93 anos, mulher que foi sua inspiração e base espiritual. Em 2008, casou-se com a pastora Bianca de Oliveira, sua parceira no ministério e na vida. Juntos, tiveram dois filhos: Mário Júnior (2009) e Artur Caetano (2011). A família se tornou sua maior alegria e também sua maior missão.

Mesmo após décadas de liderança, o pastor Mário segue investindo em projetos de edificação e capacitação. Criou o Seminário de Crescimento Espiritual, os encontros Pastor Nota 10 e Superintendente Nota 10, a Conferência Nacional Santidade, Prosperidade e Pertencimento, a Conferência de Ativação e Expansão e a Masterclass Escola de Sabedoria – Revelações. Esses projetos formaram milhares de pastores, líderes e membros em todo o país, reafirmando sua missão de servir com amor, liderar com sabedoria e compartilhar tudo o que Deus lhe confiou.

Sua história não é sobre a glória de um homem, mas sobre o poder de Deus em transformar vidas. De uma infância marcada pela pobreza e falta de perspectivas, ele foi levantado como líder, pastor e instrumento de grandes obras. Sua trajetória mostra que ninguém é pequeno demais para ser usado pelo Senhor.